OBS : Se preferir, este texto pode ser chamado de '' A Fórmula do Amor '' . Entretanto, me soa muito romântico.
Era dia quando a Mãe acordou seu filho.
Levante-se , potro.
Segue um bocejo, os olhos não enxergam nada.
Ou enxergam tudo, de acordo com leis refracionárias da física ótica, o branco seria a mistura de todas as cores.
Esse foi seu segundo pensamento depois de acordar.
O primeiro é óbvio. Só não cabe a mim descrever um filho xingando mentalmente sua mãe.
Lavar o rosto, escovar os dentes, tomar café, voltar a escovar os dentes.
Banho.
Descer o elevador, sem se esquecer do seu peso aparente maior. Peso maior que a normal.
Ao chegar o ônibus aquele desgostoso barulho de gás sendo liberado. Porque, pressão?
Aquele cantado das pneumáticas. Maldita dissipação de energia.
Maldito atrito. Em seu coração de pedra, o coeficiente parecia ser maior. E quanto mais ele sentia arranhar, menos deixava de ser de pedra seu coração.
Assim como o peso era aparente, também era a sua frieza.
Sua objetiva mente subjetivava sua amada.
Daí vinha seu atrito.
Todas as perguntas ele saberia responder.
Menos uma : seria mesmo meu coração de pedra?
Menos outra.
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